sábado, abril 05, 2014

DIÁRIO GALINOPOLTANO – ANO 2014 – PELO BRASIL AFORA

DIÁRIO GALINOPOLTANO – ANO 2014 – PELO BRASIL AFORA.
Por Anderson Matos.
Fotografias: Anderson Matos



As 03:30h da manha, do dia 26 de março de 2014, bem antes do programado no relógio, a preocupação com os horários de ônibus até o aeroporto, fazer o Check-In, etc., fez com que eu animadamente saltasse da cama afim de que nada de errado acontecesse. E foi assim que finalmente iniciarmos a turnê por 11 estados com o espetáculo “O Mistério da Bomba H____”, pelo projeto Palco Giratório/SESC 2014.
No caminho para o aeroporto não pude deixar de perceber o quanto o mundo se movimenta. Ainda escuro algumas pessoas se deslocavam pelas ruas, paradas de ônibus, em pequenos grupos ou alguns perdido pelo caminho, cumprindo sua agenda, acredito, cotidiana, de fazer com que a “máquina não pare de girar”.

No aeroporto internacional de Confins, às 05:30h o Grupo Oriundo de Teatro se colocou na extensa fila para o Check-In. Nosso primeiro destino: Vitória/ES. As expectativas eram grandes, e maiores ainda nossa atenção e cuidado com a atriz Isabela Arvelos, que nunca havia viajado de avião, e confessava abertamente estar com muito medo. E assim começamos nossa jornada.

Nossa chegada em Vitória foi tranquila, quem mais sofreu não foi Isabela, e sim Paulinha Torres que teve seus dedos “quase esmagados” pelas mãos tensas de Isabela. Mas esta cumpriu com dignidade seu primeiro voo, não houve pânico, nem qualquer outro tipo de alteração, ao menos nenhuma externa. Beijos minha linda, você é um doce.
Devidamente instalados num hotel no centro da cidade de Vitória/ES, no dia 27 de março fizemos a primeira das muitas apresentações que teríamos pela frente, em um parque chamado Moscoso, tivemos a oportunidade de ocupar uma concha acústica. A produção do espetáculo não é simples, cenário, muitos instrumentos, adereços, equipamento de som, luz. Além das equipes de som e luz contratadas no local, nos, os nove integrantes do grupo nessa turnê, nos dividíamos entre muitas tarefas a fim de deixar tudo pronto. A estreia na Turnê foi tranquila, o público foi bom, e tudo correu bem. Terminada a apresentação, novamente o grupo se movimentou em marcha organizada para desmontar e acomodar tudo em seu devido lugar, pois este era apenas o inicio do muito que viria pela frente.






- 28 de março de 2014 (sexta-feira). Seguimos até a cidade de Vila Velha/ES para a segunda apresentação no estado. Dessa vez uma escola da periferia de Vila Velha. Na quadra da escola mais uma vez o grupo organizado e fielmente orientado pelos cronogramas da produção, tudo organizou para a apresentação agendada para as 16:00h. Muitas crianças, alunos da referida escola estiveram presentes.



- 30 de março de 2014 (domingo). Tivemos nosso primeiro e merecido descanso, alguns se agruparam para ir à praia, enquanto que Enedson Gomes e Anna Campos iniciaram a primeira oficina da temporada.  Fomos até a praia da costa em Vila Velha/ES. Ah... o merecido e reconfortante reencontro com o mar! Ao final do dia, eu, Isabela e Paulinha nos aventuramos por um shopping local, o objetivo foi a tresloucada aquisição de pares de patins, feito o estrago, agora o desafio era: aprender a andar e “tentar” não se arrebentar. Diego já trazia o seu par e então seriamos três aventureiro, pois Diego Krisp já nos causava certa “inveja” com suas pequenas manobras sobre rodas.



- 31 de março de 2014 (segunda). O simpático e atencioso motorista da Van, Wilian, nos deixou no aeroporto de Vitória/ES, nosso próximo destino: Dourados/MS, com escala em São Paulo/Cumbicas. Com pequenos contratempos sobre passagens, localizadores, despacho de bagagem, enfim, coisas do sistema de transporte aéreo no Brasil, seguimos para São Paulo. Descolamento entre terminais, informações diversas, e a fatídica e esperada situação: voo atrasado. Com a previsão de uma hora de atraso, que evidentemente, tornaram-se duas horas e meia o cansaço era evidente em todo o grupo. Finalmente nosso voo foi anunciado e a tensão agora estava na aeronave impulsionado por Hélices em Bimotores, e um céu que se fechava prometendo uma tormenta sobre a cidade de São Paulo/SP.

 A viagem foi relativamente tranquila, um pouco cansativa e extensa, mas sem sobressaltos, ao menos para nós, pois Isabela estava petrificada em sua poltrona e dessa vez Helaine Freitas era quem lhe oferecia as mãos, afinal, era preciso dar um descanso aos dedos de Paulinha. (beijos suas lindas). Chegamos já ao anoitecer em Dourados/MS, mas com uma hora a menos, pois na região o horário local é marcado com uma hora antes do horário de Brasília. Pois é, no Brasil temos fuso horário sim! Acomodações em hotel, preparativos, e descanso.




- 02 de abril de 2014 (quarta-feira). A montagem de cenário e preparativos para a apresentação agendada para as 18:00h não foi das mais tranquilas. O local era um estacionamento ao lado do Teatro Municipal, isso mesmo, ao lato do belo e grandioso teatro municipal da cidade, mas, assim mesmo teríamos de nos apresentar em espaço aberto. O calor e o sol estavam bastante agradáveis para padrões do purgatório. Um pouco de stress, o que se não houvesse não seria normal, mas tudo se ajeitou e às 18:00 horas iniciávamos a terceira apresentação da temporada. Destaque para os amigos Gil e João, velhos conhecidos da produção, que agora moram em Dourados, e que gentilmente nos ajudaram em resolver questões práticas de última hora e de produção local.




-03 de abril de 2014 (quinta-eira). Transporte terrestre para a cidade de Campo Grande/MS, local da 4ª. apresentação do espetáculo, e segunda no estado do MS. Chegamos ao hotel e fomos convidados para a apresentação de um espetáculo da Cia. Portátil de Teatro, da cidade do Rio de Janeiro/RJ. O espetáculo era “A Valsa de Número Seis”, de Nelson Rodrigues, sob a direção de Alexandre Bocanera. Um belíssimo espetáculo de animação, unindo a arte da manipulação de bonecos com a arte visual, através de animações muito bem elaboradas e projetadas no cenário. Duas atrizes e um ator davam vida à Sônia, através de uma boneca manipulada. As narrativas e a técnica muito bem cuidadas deram ao texto uma suavidade que possibilitaram perceber novas nuances da obra de Nelson Rodrigues. Realmente um belíssimo trabalho.



- 04 de abril de 2014 (sexta-feira). Fomo para o local da apresentação. Uma quadra coberta em um parque anexo ao Horto Florestal da Cidade de Campo Grande. O local um pouco abandonado, infelizmente, pois ao contrário disso, a cidade é realmente muito bonita e bem cuidada. Lembrou-me a Cidade de Curitiba em termos de organização e limpeza. Avenidas largas, bem projetadas. O espetáculo aconteceu as 16:00h local, e o público eram alunos de diversos cursos do SESC. Tivemos então o prazer de conhecer Daniel Guazina, do setor de cultura do SESC de Campo Grande, que muito simpático e atencioso nos acompanhou até a feira de gastronomia e outras “cositas más” para apreciamos o prato típico da cidade: o Sobá (sempre falado e oferecido pelo querido amigo de Belo Horizonte, Yuri Simon, natural de Campo Grande/MS).








- 06 de abril de 2014 (domingo). Saímos ainda pela madrugada em direção ao Aeroporto de Campo Grande, nosso novo destino, a cidade de Natal/RN. Para mim em especial, um misto de emoções. Tive por alguém, nessa cidade, um grande carinho, mas como já havia perdido contato a muito tempo, mesmo estando tão perto, não tive meios para encontra-lo, assim, deixei  Campo Grande com um certo vazio, pudera ter tido a sorte de estar com ele. Mas... voltar a Natal era mesmo uma grande expectativa, afinal, já morei nessa cidade, fiz alguns amigos, e tenho por ela um carinho especial, e ainda para completar o percurso, passamos por Brasília/DF, onde também já tive a oportunidade de morar. Lá encontrei com uma amiga especial. Dora, minha querida, louca, e amada amiga, com ela, eu Enedson, Akner, Isabela, e Paulinha demos uma volta pela esplanada dos ministérios, aproveitando a janela entre os voos,e até nos arriscamos a tentar ver a Presidente Dilma em seu Palácio,por sorte não há vimos,senão com certeza nossa viagem estaria comprometida, talvez a esta hora estivéssemos em alguma prisão federal (risos). Finalmente chegamos em Natal. E a recepção não poderia ser melhor, já no aeroporto, Daniel Rezende, do SESC Natal, nos aguardava com um largo sorriso no rosto. Seguimos até o Hotel do SESC na Praia de Ponta Negra, principal praia da cidade do Natal, como eles mesmos denominam. Não poderia melhor, o hotel a menos de 100 metros da praia nos permitiu bons momentos de lazer e descanso.


- 07 de abril de 2014 (segunda-feira) – Depois de um dia de descanso e curtindo a Praia de Ponta Negra, Já á noite,fomos até o SESC de Natal, para o evento de abertura oficial do Palco Giratório RN, onde após uma divertida solenidade comandada por apresentadores palhaços, acompanhamos a apresentação de um grupo local, chamado “Pele de Fulô”, com a peça “Cravo Canavial”. Um espetáculo resultando da pesquisa de doutorado da diretora Carla Martins, onde contos populares e o Maracatu são predominantes na dramaturgia.  



- 08 de abril de 2014 (terça-feira). A apresentação foi programada para acontecer no Largo do Teatro Umberto Maranhão, um Belíssimo teatro por sinal.



O Largo é na verdade uma praça que se estende em frente ao teatro, mas infelizmente o local é frequentado por moradores de rua e a localização da cidade é um tanto quanto perigosa. Mas enfim, lá estivemos e passamos o dia na montagem. Neste dia tivemos todos os contratempos e problemas que poderíamos ter. Atraso da montagem de som e luz (equipes locais contratadas), briga entre moradores de rua durante o dia, gerado uma certa tesão, e faltando apenas meia hora para a apresentação,São Pedro nos ofereceu uma rápida, porém perturbadora chuva. Correria para guardar instrumentos, adereços e cobrir o cenário. Cerca de 15 minutos depois pudemos voltar para reorganizar tudo da melhor forma possível. O clima era tenso, e as questões técnicas ficaram comprometidas, o público foi reduzido, devido também à chuva, mas o grupo deu o seu melhor, e a apresentação do dia, embora com atraso considerável, fez-se dignamente.





- 09 de abril de 2014 (quarta-feira). Encontro marcado com o grupo “Pele de Fulô”. As 14:30, na sede do SESC de Natal, realizamos o primeiro intercâmbio de grupos.  O encontro durou cerva de 5 horas e foi uma experiência gratificante para todos, onde os grupos sob os cuidados das diretoras Anna Campos e Carla Martins puderam trocar informações, dialogar sobre os processos de montagem, e ainda sob o comando da diretora Carla Martins, todos participaram de dinâmicas que nortearam o processo de mimitezação utilizado pelo grupo de Natal, na criação das diversas personagens da peça “Cravo Canavial”.


- 10 de abril de 2014 (quinta-feira). Saímos logo cedo, dessa vez de transporte terrestre, para a cidade de São Paulo Potengi/RN, a cerca de uma hora e meia de Natal. Uma pequena mas agradável cidade, com cerca de 13000 habitantes. Na praça da cidade, bem em frente à igreja Matriz, e sob a observação constante de Monsenhor Expedito, ex Pároco da Cidade, também conhecido como “Monsenhor das Águas, ou -  Profeta das Águas”, sob um sol que parecia ter se aproximado mais da terra, passamos o dia em montagem para a apresentação programada para as 19 horas. Os produtores locais e demais auxiliares foram muito generosos e atenciosos com o grupo, e deixavam clara a alegria de nos receber em sua pequena e acolhedora cidade. Todo o esforço e trabalho foram recompensados por uma maravilhosa plateia que se aglomerou sobre as escadas da igreja matriz e também nos arredores de nosso pequeno “circo”, cerca de 1000 pessoas lá estiveram presentes para a apresentação, e o grupo não deixou por menos, oferecendo àquele povo, mais um belo espetáculo. Tudo devidamente desmontado e acomodado no caminhão, exaustos pelo dia de trabalho, fomos agraciados com o jantar oferecido pelo SESC local, com um cardápio bem a moda Nordestina. Voltamos então para Natal.




- 11 de abril 2014 (sexta-feira). Após mais uma manha de sol e mar, seguimos viagem, dessa vez para a cidade de Fortaleza/CE. A chegada foi tranquila, mas o calor escaldante da cidade já prometia judiar do grupo. Por sorte, aqui tivemos apresentação em um Teatro, ao contrário das apresentações anteriores, todas realizadas em locais públicos.Fortaleza não respondeu às expectativas em termos de cidade. Pelo menos a mim, digo que não. A cidade que cresceu demais, oferece tudo que uma grande capital pode oferecer em termos de caos urbano. Transito complicado, muita sujeira nas ruas, e uma fama de ser uma cidade muito violenta, fama esta alimentada pelo próprios moradores locais, que nos mantiveram o tempo todo alertas e receosos. Não fomos,devido à questões de logística e tempo, conhecer a Praia do Futuro, a melhor da cidade, segundo fomos informados, tão pouco conhecer paraísos mais distantes como Jericoacara. Ficamos instalado em hotel na Praia de Iracema, próximos do mar,porém a praia não despertava grande interesse. A localização é o Point da vida noturna da cidade. Próximo ao hotel, casas noturnas e bares para o ponto forte do turismo da cidade, a Prostituição.  A três quadras do hotel, o chamado “Dragão do Mar”, um complexo que reuni lazer, diversão, cultura e arte. Diversas casas noturnas, bares, e o Centro Cultural Dragão do Mar”, um belo complexo cultural, com teatro de arena, cinemas, galerias e até um Observatório. Também ali está o SESC Iracema, um centro cultural onde apresentamos a peça.





 - 12 de abril de 2014 (sábado) O Hotel, assim como o tratamento de seus funcionários para com os hospedes,muito deixaram a desejar. Fomos às 16 horas para a apresentação de um grupo local chamado Expressões Humanas, com a peça “Dom Poder e a Revolta da Natureza”. Muito divertida, a peça infantil traz como tema principal a consciência ecológica. Muito habilmente o grupo promove interação com a plateia e realiza um espetáculo leve, dinâmico e bem musicado. Após a apresentação do grupo, começamos a montem de cenário som e luz para nossa apresentação no dia seguinte.




- 13 de abril de 2014 (domingo). A apresentação foi realiza às 16 horas, no SESC Iracema, dessa vez tudo aconteceu mais tranquilamente, uma vez que a montagem foi adiantada no dia anterior. Passagem de som, últimos testes, è pronto, às 16 horas, começamos mais uma apresentação bem sucedida.




14 de abril de 2014 (segunda-feira).  Sai para um pequeno passeio pela orla da Praia de Iracema (Fortaleza/CE) sentido sul, na expectativa de encontrar lugares mais agradáveis, e deu certo. Uma caminha da cerca de 20 minutos me levou a outra parte da praia onde a cidade ganhou novas cores, e a praia era bem agradável. A noite fomos para o intercâmbio com o grupo Expressões Humanas. Mais uma agradável e produtiva troca de conhecimentos e experiências, ainda mais que o grupo também participou do Palco Giratório no ano e 2010.
Depois o ator Bio Falcão nos levou a um bar digamos assim: um tanto quanto underground, bem do tipo butecão, chamado Gato Preto. Foi uma noite bem agradável, um tanto quanto “alienada” por assim dizer, e o resultado gerou uma pequena, mas incômoda, ressaca no dia seguinte. Ao menos o último dia em Fortaleza foi bem agradável.




- 15 de abril de 2014 (terça-feira). Fomos ao aeroporto logo, nosso destino: Campina Grande/PB. Ao chegar no aeroporto tivemos uma surpresa meio desagradável. Nosso voo antes programado para as 13:15 havia sido cancelado,e remarcado para mais cedo. Porém, a agência de viagens não nos informou  e perdemos o voo. Ficamos todos meio que em pânico,a ideia de ficar mais um dia em Fortaleza não agradou a ninguém, e também iria atrapalhar a programação de Campina Grande. Graças a um prestativo e competente funcionário da Gol, conseguimos pegar um outro voo até Salvador, e de lá para Campina Grande. Chegamos já ao anoitecer em Campina Grande, e fomos muito bem recebidos.

- 16 e 17 de abril de 2014 (quarta e quinta-feira). As apresentações aconteceram no Teatro Municipal Severino Cabral, e tivemos um ótimo público, formado por alunos de diversas escolas da cidade. 



Assistimos a apresentação de um grupo local,  com a peça “O Príncipe Feliz”, interessante visualmente, mas não gostei muito da montagem em geral, a dramaturgia um pouco estranha e com cenas muito demoradas, mas rendeu belas fotos.




- 19 de abril de 2014 (sábado). Devido a mais um problema com voo cancelado,tivemos e ir para Belo Horizonte, onde passamos a noite em casa. Foi bom e ao mesmo tempo não foi,pois fora o cansaço de ir e vir, só nos deixou com gostinho de querer ficar um pouco mais. Mas ainda assim foi muito bom,pude rever minha casa, meus amigo Emerson e Moacir e ainda passar um  tempo com Thiago. Menos de vinte horas em BH e já partimos rumo ao aeroporto novamente. 

- 20 de abril de 2014 (domingo). Incrível como se perde a noção de tempo,dias e horas quando se está numa temporada de viagens como esta! Chegamos no estado do Maranhão, do aeroporto fomos direto para uma pequena cidade chamada “Itapecurú-Mirim”.Lá chegando tivemos um grande susto, o caminhão que transportava nosso cenário se envolveu em um acidente que levou toda a lateral do caminhão, e danificou toda a estrutura do cenário da peça. Isso nos gerou um grande problema, e então a produção,juntamente com o SESC partiu em busca de outras estruturas para locação. 



Em Itapecurú a apresentação não aconteceu, e ficamos por quatro dias na cidade, sem nada a fazer, a não ser corrigir alguns problemas menores no cenário  e assistir mais uma apresentação de uma artista local, com um trabalho de contação de histórias e manipulação de bonecos, chamada “O Circo Pequenino”, nos divertimos ao ver Enedson e Diego, e mais um rapaz da cidade,  vestidos de bailarinas, e interagindo com a atriz e contadora de histórias.

- 24 de abril de 2014 (quinta-feira). Fomos para a capital São Luiz, onde passamos a noite uma pousada belíssima, situada em um casarão histórico e com acomodações muito bonitas e originais. Um pequeno passeio pela cidade me permitiu conhecer o Teatro Municipal de São Luiz, o segundo teatro mais antigo do Brasil. Lindíssimo e muito luxuoso. O centro histórico de São Luiz também é muito bonito, porém, completamente abandonado. Segundo fomos informados, o centro histórico receberá verba do PAC para preservação  e revitalização dos muitos casarões que compõem o centro antigo da cidade.




- 25 e abril de 2014 (sexta-feira). Mais uma vez saímos ainda com o galo cantando. Nosso próximo destino, Belém/PA. Fiquei completamente apaixonado pela cidade. O  povo é bastante carinhoso e a cidade oferece muitos atrativos.
Em Belém existe uma regra diária: “chove todos os dias,ou , chove o dia todo”. É verdade, tanto que se você vai marcar algum compromisso na  você diz:  “Depois da Chuva”. Conhecer os principais pontos turístico de Belém, o famoso “mercado ver o peso” e a “estação das docas”  foi maravilhoso. No “mercado do ver o peso”, o maior mercado ao ar livre da América latina, você encontra todo tipo de garrafadas, sementes, frutas da região, comida típica, peixes diversos. É uma mistura de gêneros e coisas que realmente surpreende quem por lá passa. A confusão é evidente, mas é uma experiência sensacional. O mercado fica no antigo porto da Bahia do Guajará, onde também estão o “Castelo do Presépio” e a “Estação das Docas”.








Ao passar pela estação das docas ainda tivemos a sorte de ver uma tribo de índios - não sei o nome da tribo. Segundo nos informaram,ao contrário do que pensávamos,não é comum isso acontecer, ou seja, fomos abençoados neste dia.

- 26 de abril de 2014 (domingo). Apresentamos a peça no belo teatro Maria Sylvia Nunes, localizado no galpão 03 da Estação das Docas. A apresentação foi marcada pela presença de um maravilhoso público que encheu o teatro. Sem dúvida a passagem por Belém foi maravilhosa.





- 27 de abril de 2014 (segunda-feira). Seguimos viagem para Castanhal/PA, a cerca de duas horas de Belém. Em castanhal apresentamos em um palco na praça da cidade. Como chovia praticamente o dia todo, a apresentação começou com quase uma hora de atraso,mas ainda assim, tivemos um público razoável. Não tenho muito a dizer sobre Castanhal, a cidade é pequena, mas nos recebeu muito bem. Em castanhal fomos apresentado ao legítimo Açaí. Ao contrário do que conhecemos no sudeste,o Açaí no Pará e servido puro, e tem um sabor bem forte.Algumas pessoas comem com açúcar,outras não. O estranho é que eles consomem com carnes,peixes, e outros alimentos. Eu confesso que estranhei demais ao ver alguns do grupo comendo açaí com açúcar e peixe,ou carne de sol. Segundo eles,é muito bom,mas eu não me rendo a certas iguarias, então me fartei de carne de sol com farofa e um delicioso feijão (sem coentro, o que é quase impossível no nordeste).



- 30 de abril de 2014 (quarta-feira). Mais uma vez superamos as galinhas,as legítimas é claro, e saímos as 5 da manhã para o aeroporto em Belém. Nosso próximo destino. Cuiabá/MT.
A viagem não foi das mais fáceis. Duas horas de Van até o aeroporto,o transito em Belém é realmente caótico. Embarcamos as 08:30 para Cuiabá, com conexão em Manaus e escala em Porto Velho. Ou seja, horas e horas de voo, chá de cadeira em aeroportos e alguns atrasos. Chegamos ao final do dia em Cuiabá. Fomos recebidos por Lucas, do SESC de Cuiabá,que nos levou diretamente ao SESC Arsenal, um lindo que abriga dois teatros, cursos diversos, cinema, bibliotecas, etc. Lá nos rendemos a um shopp, um delicioso jantar, e ainda tivemos a oportunidade de ver uma linda apresentação de uma dança típica do Mato Grosso,chamada Siriri, lindo demais, fiquei emocionado.