Jacarezinho, viagem memorável.
Continuando a maratona de viagens em 2009, Eu e Fabiana fomos a Jacarezinho, norte do Paraná. Esta viagem teve para mim gosto especial, a companhia como sempre muito agradável, mas o motivo central é que se trata de minha cidade natal. Lugar onde consegui viver por 17 anos, e de onde saí há alguns anos. Esqueçam, não darei datas para não lhes permitir cálculos de idade, etc. Mas dede que de lá saí, poucas vezes voltei, e agora, La estávamos nós, desta vez a trabalho. Viagem de carro, 5 horas e meia de viagem, muitas emoções estavam presentes. Quase chegando ao nosso destino passamos por Santo Antônio da Platina, cidade vizinha, onde nosso querido Lucas Cahet nascera, e também nosso saudoso amigo Johny. Que nos deixou tão cedo, e que lá mesmo se encontra, infelizmente não ele, mas somente seu túmulo e os restos do corpo que lhe abrigava. Saudade de você amigo. Que por pouco tempo convivi, mas que aprendi a tanto gostar. Fabiana é claro bastante emocionada também, pois era ele um amigo mais do que querido pra ela. Que Deus lhe tenha em grande paz e conforto.
Ok... Passada esta emoção... chegamos a Jacarezinho, mês Deus... como é que aquele lugar ainda sobrevive? Nada muda, nada acontece, mas cidade natal é sempre boa, não é? Uma rápida passada na casa de uma tia querida. Portas fechadas, ninguém em casa. Seguimos adiante, rumo ao Hotel. Hotel??? ”O pé vermeio” de Jacarezinho iria ficar num hotel em sua cidade natal? Feirinha de domingo, parada obrigatória, pastel feito na hora, um pouco de incômodo com a calma das pessoas no local. Coisa de gente estressada de cidade grande.
Depois de acomodados, almoçamos e fomos ao encontro de outra tia, já sabendo que provavelmente não a encontraríamos, pois a mesma nunca está em casa. Mas lá fomos nós. Como amigo preocupado e conhecedor do que nos aguardava, avisei Fabiana sobre pessoas, situações, lugares, etc.
Confesso que estava fora do meu normal, uma emoção presente. Sentindo-me um menino, recordando lugares pessoas, e me empenhando e relatar tudo a Fabi. Era domingo, chegamos à casa da Tia Maria. Opa, como esperado, ninguém em casa. Avistei então meu tio no bar da esquina, tomando sua cervejinha. Perigo, perigo, mas tudo bem. Cumprimentei, e nada, não me reconheceu. Apresentei-me, aí ouvi um alegre comentário: “Oooo, fia da p...” Coisa de gente carinhosa (risos). Fui então informado que a tia se encontrava por perto, na casa de uma conhecida. Sob a insistência dele fomo levados até ela. Aqui cabe relatar que a pobre Fabiana teve de escutar umas palavras um tanto quando, digamos... apreciativas, não se poderia esperar outra coisa. Bom, chegamos à casa da tal conhecida. E lá fomos recebidos. É incrível isso não? Fomos recebidos, com direto a bolo e tudo, por minha tia, na casa de estranhos. Muito bem recebidos aliás.
A viagem e o tempo que permanecemos na cidade foram bem agradáveis. Executamos nosso trabalho sem problemas, vimos outros parentes meus. Fabi foi incrível em simpatia com todos. Mas também, comendo a comida de minhas tias e o pão da Tia Dita, impossível não ser feliz. Ah, Rafael que se cuide, pois Fabiana foi por todos, adotada e preterida como minha namorada. Bom, esta não foi a primeira vez, pois até mesmo já tivemos repentistas criando versinhos para o casal (Recife/PE).
Afora as aventuras familiares, pontos obrigatórios: a belíssima catedral da cidade, o teatro (CAT), onde trabalhei na adolescência, entre outros. E muitas, muitas lembranças.
Esta viagem foi memorável. Fabiana também se revelou, e ao mesmo tempo se descobriu com tamanha empatia com crianças, na piscina do hotel, será??? O pavor de aranhas permanece, na volta, ma estrada, avistamos algo preto no meio da pista, UAU, era uma enorme caranguejeira, que segundo a apavorada Fabiana tinha o tamanho de um gato. Exageros à parte, grande, mas nem tanto.
Que 2010 nos traga ainda muita e muitas aventuras e possibilidades.
Anderson Matos.
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