“O PÃO DE BATATA NÃO”

“O PÃO DE BATATA NÃO” (Novembro 2009)

Uma nova viagem, e lá se foram nossos desbravadores, desta vez Fabiana e Lucas. Destino: Dourados e Sidrolândia, Mato Grosso do Sul. Desta vez eu (Anderson) não pude trilhar pelos caminhos áridos e quentes daquele estado, pois outro compromisso me aguardava. Também foi necessário privar Fabiana de minha presença para ela sofrer um pouquinho com minha falta. Reserva-se aqui meu direito de massagear meu próprio ego. Bom, sem minha ilustre presença lá se foram os viajantes. Pra começar a aventura, nossos heróis quase perderam o vôo. Estão vendo como minha presença é providencial? Ambos já se encontravam na sala de embarque e aguardavam a chamada para o vôo. Nosso querido Lucas partiu então em busca de algo que pudesse abrandar a revolta que se desenvolvia dentro de suas entranhas, calma... refiro-me ao seu estômago. No “longo” percurso até um dos cafés da sala, um encontro inesperado: Ivete,... Ivete??? aquietem seus neurônios, trata-se da Enfermeira Ivete, de uma empresa no norte do Paraná, da qual juntamente da mesma, realizamos uma maratona de palestras e teatro durante uma semana. Bom entre este inesperado encontro e a árdua tarefa de escolher o que comer, eis que Lucas inadvertidamente não ouve o chamado, o último e derradeiro chamado para o vôo. A esta altura, todos os passageiros já encontravam dentro do ônibus que os levaria à aeronave. Então, o sutil e educado funcionário exercia de toda sua pseudo autoridade para pressionar Fabiana, dizendo que eles não poderiam embarcar e que perderiam o vôo. Já completamente apavorada, cabe aqui minha dose de exageros, pois Fabiana apavorada é algo que desconheço, salvo pela presença de alguma aranha, por menor que seja. sai em busca da ovelha perdida, como já era esperado não encontrou. Voltou, o ônibus partira, opa... aí acho que já posso acreditar que um pequeno pavor se estabelecia. Solicitou ela então que fizessem a conferencia para ver se Lucas não haveria embarcado no ônibus, quem sabe tivesse errado, estivesse a caminho de outro país? Ou tivesse embarcado no ônibus errado e estivesse em direção de Piraquara, quiçá de Santo Antonio da Platina. Bom, a contragosto os tickets foram conferidos, nada de Lucas. Meu Deus!... onde haveria se enfiado este homem? Bom, com aquele par de olhos verdes levemente assustados ele chega. Trazia nas mãos um “pão de batata”, toda a equipe do aeroporto se mobilizara para disponibiliza uma Kombi para levá-los à aeronave. Teria ainda tempo? Será que todos a bordo estariam os esperando com olhares acusadores? A sensação geral era: “Colocamos tudo a perder!!!” . Então, na euforia de entrar na Kombi vem a ameaça final: “O pão de batata não”!!! NÃO??? Como assim, depois disso tudo ele não poderia devorar o causador de tanto caos? Mas o algoz funcionário lança um risinho irônico e diz ser brincadeira. Fica aqui então um alerta: CUIDADO COM O PÃO DE BATATA NOS AEROPORTOS.

Anderson Matos