Depois de 03 anos respirando os ares Paranaenses. Com muita saudade e muitas lembranças, resolvi rever os amigos e familiares que deixei em Belo Horizonte, onde, por 18 anos construi uma vida. Janeiro de 2010. Uma viagem programada para 01 semana, se estendeu para quase 20 dias, e prometendo a possibilidade de um retorno às Minas Gerais.
Devo agradescer ao amigos queridos que com o habitual calor mineirinho me resceberam tão bem. A data não poderia ser melhor, em cartaz na cidade, mais de 120 espetáculos teatrais, durante os meses de janeiro a março. A responsável por isso é a "Campanha de Popularização do Teatro e da Dança", já em sua 36a. edição. Alguns espetáculos ja conhecidos de longa data, que se alternam em campanhas seguidas de anos e anos de muito sucessos, ou na tentativa de seus produtores de manté-los em cartaz, justificar seus gastos, ou simplesmente, por não investirem em novos projetos.
Entre os espetáculos que vi, destaque para dois: "O Poema do Concreto Armado" sob direção e produção de Yuri Simon. Que alegria rever tantos queridos amigos, e acima de tudo, tão bons profissionais, que se esmeram em fazer um trabalho maravilhoso. É verdade que a peça pode ser definida por alguns como: "Muito cabeça", a começar pela sinópse que não esconde a complecidade do assunto e a forma com o qual o tema é apresentado. De meu ponto de vista, uma maravilhos condensação da qualidade dos artistas mineiros, aliadas a genalidade do diretor, somadas ainda a perfeita execução técnica de luz e som, também do próprio diretor Yuri Simon.
"DON JUAN NO ESPELHO" é outra destas peças que não se deve perder. A direção é de Alexandre Toledo e Luiz Otávio Carvalho. Márcio Miranda, que encena o protagonista Don Juan, também assina o texto, que devo dizer, é uma obra prima, e justifica o premio recebido em dramaturgia. O cenario é moderno, funcional e movimentado pelos próprios atores, cria cenas lindíssimas, apoiadas é claro, pela excelente iluminação. Destaque ainda para Leri Faria em uma exelente performance e para Izac Ribeiro, que demonstra um maravilhoso trabalho corporal e performático. Todo o elenco se afina em um maravilhoso espetáculo que toca tanto pelo texto quanto pela plasticidade.
Em suma, uma maravilhos viagem a Minas, para mim, uma conturbada comoção, saudades destes palcos. Minas me chama de volta, Curitiba me toca pela suvidade de sua ar interiorano. Dificil decisão.
Anderson Matos.
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