Assistir aos jogos da copa do mundo e vibrar pelo Brasil é algo tão contagiante, que nem o tempo ou local podem diminuir a emoção, no entanto, quando se pode assistir aos jogos em um lugar considerado paradisíaco, a receita é de sucesso, com algumas ressalvas é claro. Copa de 2010, acompanhando os jogos em um telão num bar chamado OZ, na Praia da Pipa, Rio Grande do Norte. O simples fato de estar no local já traz uma série de sensações. Destaque para uma das proprietárias do bar, que nos brinda com seu visual descolado, cabelo rastafári, tatuagens, e com sua energia contagiante, além de demais torcedores, em uma mistura de etnias, que reafirma a idéia de “copa do mundo”. Com o sotaque característico da região nordeste do Brasil, os gritos de torcida são no mínimo alegres e curiosos. O calor da torcida aumenta mais ainda a temperatura local, que para os padrões sulistas são extremas, a cerveja torna-se indispensável e o resultado é uma explosão de energia e adrenalina. Mas nem tudo são flores não é? Às vezes a equipe em campo nos deixa à desejar, ou, aquele ou outro jogador nos despertam ansiedade, e com sorte e muita competência da equipe em campo, o grito de Gol consegue sair de nosso peito. Os personagens locais são sem dúvida o melhor da aventura. Em uma das partidas, quando um de nossos jogadores é atingido pelo oponente diretamente na altura do tornozelo, e a televisão mostra a imagem com tamanho destaque e precisão que um dos locais diz “EITCHA... QUE ESTE VÍDEO VAI SERVIR ATÉ PRA ORIENTAR O ORTOPEDISTA, VICE”. Numa outro dia, um amigo mineiro se confundindo com o que dizer, comenta com outra amiga, que o jogador Robinho não estava jogando, pois havia sido “EVACUADO” do jogo... Evacuado? Certamente queria ele dizer que o jogador fora eliminado daquela partida por algum motivo técnico. Bom, é claro que o fato de o jogador ter sido “cagado” foi um bom motivo pra muitos risos, e o comentário ainda gera muita algazarra. O ponto negativo em OZ é o volume demasiadamente elevado nas caixas acústicas, acompanhado é claro, dos decibéis também altíssimos emitidos pelos locais, que como diz o ditado: “falam mais que pobre na chuva”. Assim reafirmo o convite para incluir Pipa em seu roteiro. Aqui vou relatando os acontecimentos neste lugar “pra lá de bom sô”, e para meus amigos sulistas, “Vem pra Pipa... Daí”. Copa no mundo mágico de OZ. Certeza de emoção e diversão.
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