segunda-feira, fevereiro 10, 2014



Visão.


Foi um pequeno momento, inebriante, calmo, vazio.

O que vi?! Um esboço no espelho.

Como vi? apenas um esboço. Pudera ser assim, simples.
Foi como se pudesse olhar de fora, e aos olhos, era apenas um esboço.
Mas as lágrimas insistiam em mostrar mais do que os olhos dormentes, displicentes e descuidados, insistiam em enxergar, como que um filtro a mostrar-me que muito mais se haveria de perceber.
E assim, por mais esforço que fizera, não pude enganar-me, e mais uma vez fui forçado a reconhecer todos os resíduos do que sou, sempre unidos, para que não eu passasse de apenas, um esboço desconexo.

Anderson Matos


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