sábado, janeiro 02, 2010

Um brado aos importantes impotentes.


Estático...
Como que preso em uma fração de tempo, aprisionado a uma sensação de não existência, que ao mesmo tempo se mantém vívida em um mar de memórias e sensações.
Atormentado pelos pensamentos tortuosos, meus e de meus algozes. Agonizante pela repulsa aos olhares e comentários impiedosos.
Decepcionado com a mesquinhez de energias das quais partilhei as minhas. Incrédulo da possibilidade de que outras, às minhas possam interagir.
Encontro-me no calabouço de meu castelo, inerte sobre as almofadas de cetim por mim escolhidas, acreditando que estas paredes que momentaneamente pinto em estilo gótico dar-me-ão abrigo.
O algoz carrasco materializa-se destas energias. Destes seres que se entitulam nobres, importantes impotentes, que se negam a olhar o que está além do espelho, e se ocultam em suas próprias sombras.
Nem príncipe nem fadas, nada de historinhas bonitas, o realismo é presente, e sempre o é, apenas o enfeitamos ao nosso bel prazer.
Edificamos estas paredes, as derrubamos, e assim seguimos num ciclo vicioso. Cada vez mais aprisionados.

Um comentário:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

"Carácolis" ... este seu espaço é uma viagem cara ... vc se desnuda de seus sentimentos e emoções de forma maravilhosa em um código de palavras a ser decifrado de forma profunda ... adorando viajar por aqui ... voltarei mais vezes ...

bjux

;-)